Greve dos profissionais do HPS revela as más condições de trabalho dos profissionais.
[[[No dia quinze de Março, os médicos do Pronto Socorro Hospital XXI entraram em greve para reivindicar melhores condições salariais. A manifestação que ambiciona atrair atenção do governo do estado, acabou por causar transtorno à população. Conforme informado pelo jornal O Tempo, os médicos concordaram em atender os casos de urgência, tratamentos eventuais eram encaminhados para o Hospital Risoleta Neves, que divulgou nota informando estar atento à greve e pronto para receber os pacientes.
[[[Hospital João XXIII é considerado um dos mais importantes da América Latina, referência no tratamento de politraumatizados (múltiplos traumatismos), queimaduras e toxicologia. Conforme informado pela Assessoria de Comunicação da Fundação Hospitalar de Minas Gerais – FHEMIG, a instituição gerência 455 leitos no hospital e em 2008, atendeu 145.000 pessoas, sendo 7.809 cirurgias de grandes traumas. Nesse mesmo ano, foi implantada no hospital a Classificação de risco, denominada “Protocolo de Manchester”, o que obrigou a unidade de atendimento assistir a todos os pacientes com a tolerância de até 4 horas de espera, de acordo com o quadro do paciente. Com o novo título, as carências então se tornaram mais evidentes, pois o Hospital João XXIII recebe diariamente 397 atendimentos diários.
[[[Mas o que levou os profissionais entrarem em greve? As condições do hospital, sua estrutura requer maior atenção do estado e Ministério da Saúde. O hospital lançou no dia 13 de Março, a campanha “SOS, o Hospital João XXIII pede socorro” após denúncias dos médicos, em que relataram a redução no quadro de profissionais do corpo clínico. O hospital atendia com equipes incompletas, com plantões contando apenas com 1/3 do corpo clínico necessário; insuficiência de medicamentos básicos como antibióticos analgésicos e anticonvulsivantes; além insuficiência de materiais essenciais, entre eles cânulas, sondas, cateteres de oxigenoterapia (obstrução de oxigênio); e dificuldade em realizar exames complementares, fundamentais para diagnósticos como tomografia, radiologia, ultrassonografia e ecocardiograma, entre outros.
[[[As ferramentas de trabalho e recursos do hospital são escassas, a situação revelou-se ainda mais complicada, pois, implica significativamente no trabalho dos médicos e profissionais da saúde, gerando insatisfação no ambiente de trabalho e afetando o atendimento e prestação do serviço público. Como afirma Idélia Moreira de Araújo, logo após se desligar do hospital “há muito o que melhorar no hospital” .